TABERNA PORTUGUESA

É uma casa Portuguesa, com certeza!

As “tascas modernas” começaram a surgir um pouco por todo o lado há uns 3 anos. Foi a “moda” da altura, assim como este ano há os hamburguers. E algumas foram-se mantendo, outras não, porque a maioria não tinha qualquer factor diferenciador.
Ora, já tinha ouvido falar da Taberna Portuguesa antes, mas o que me chamou a atenção foi o artigo da Time Out de há 2 semanas. Não que partilhe sempre da opinião deles, mas porque acabam sempre por dar boas dicas.

A Taberna Portuguesa fica na Calçada do Combro, ali mesmo perto do Bairro Alto e da Bica, o que é ideal para quem quer ir beber uns copos à noite. E o facto de estar aberta até tarde (servem até às 2h da manhã) faz com que seja muito concorrida. Um dos empregados disse-nos que às vezes rodam as mesas 4 vezes, o que é muito bom neste contexto de crise.
O espaço tenta recriar uma tasca, mas cuidada. Até aqui, nada de novo. Mas depois começamos a ver os pormenores que a diferenciam do resto: pequenos elementos de decoração como os naprons nas mesas, os individuais que são folhas a4 quadriculadas com um carimbo do restaurante, a louça de barro predominante no espaço (a imperial é servida numa caneca de barro, muito interessante). Ouve-se fado, enquanto o empregado nos explica o conceito do espaço: produtos exclusivamente portugueses (e aqui é mesmo assim, nem sequer há Coca-Cola), uma ementa dedicada aos petiscos para partilhar, mas sem precisarem do toque de cozinha moderna que muitas vezes estraga tudo. E aqui é explicada pelo empregado, para que possamos saber mesmo o que vamos comer.

Os tremoços que já estão na mesa são muito viciantes, temperados com balsâmico. Resolvemos experimentar alguns pratos: as migas de bacalhau são bastante boas, seguidas pelos cogumelos à Elvas (salteados com alho e coentros) que apenas cumprem; a farinheira à Brás é excelente, muito saborosa e bem servida, sendo que terminamos com a Alheira no Pasto (salteada com agriões) que também é bastante interessante e saborosa.
Nesta altura já estamos mais do que cheios, mas a descrição das sobremesas convence-nos a provar o bolo de mel de cana com sorvete de tangerina… e ainda bem, porque é o final perfeito da refeição.
Vinhos nacionais mas carta reduzida.
O serviço é simpático e atencioso, sempre interessado na nossa opinião. A única ressalva é a rapidez, que talvez seja demasiada. Compreendo que são petiscos e por isso não é restaurante de ficar muito tempo, mas também não é preciso exagerar e trazer quase tudo ao mesmo tempo. Assim torna-se complicado saborear os pratos como deve ser.

Enfim, este é um sítio bom para os “locais” e também para turistas. Porque é despretencioso e tem qualidade. E a simpatia necessária para nos fazer voltar.

Preço Médio: 20€ pessoa (com cerveja)

Informações & Contactos:
Calçada do Combro, 115 | 1200-155 Lisboa | 914 289 997

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