SUPER CHEFE

Parado no tempo, e não pelas boas razões.

Os meus tempos de faculdade já lá vão há quase 15 anos. E se há coisas que estão assim meio envoltas em “neblina”, há outras das quais me lembro na perfeição. E, como não podia deixar de ser, os restaurantes onde ia são uma delas. Ora, se havia um restaurante de almoços, o Super Chefe era o restaurante dos jantares mais “especiais”, quando queríamos comemorar alguma coisa.

O que me lembrava do Super Chefe era o espaço muito fechado e cheio de fumo (era na altura em que ainda se podia fumar em restaurantes), com salas com demasiadas mesas para o espaço disponível, serviço extremamente lento e sem grandes simpatias, comida italiana acima da média e a preços baratos. Mas a verdade é que isto era há 15 anos atrás, quando a restauração em Lisboa era diferente, assim como eu.

Há pouco tempo, porque passei lá à porta, voltei ao Super Chefe. E o primeiro impacto é o de uma viagem no tempo, porque o espaço está igual ao que era há 15 anos atrás. Começamos mal… Não há fumo no ar, porque já não se pode fumar, e isso é positivo porque o espaço continua a ser claustrofóbico. O serviço continua a ser estupidamente lento, aliás, arrisco a dizer que ainda mais do que me lembrava. Lento e com muito pouca simpatia.
E se a espera é grande, então a decepção quando chega a comida é ainda maior. Porque o menu não parece ter sido actualizado nos últimos 15 anos, nem a própria confecção dos pratos. O pão de alho para entrada é completamente industrial, as pizzas são bastante más, com a massa muito mole e os ingredientes que parecem tudo menos frescos, a lasanha é simplesmente mal feita, e a nova adição à carta – os hamburguers – são secos e sem sabor. Os bifes são ligeiramente melhores, mas ainda assim são apenas normais. Nas sobremesas, o habitual nos italianos, mas sem nada que se destaque (nem que pareça caseiro).
Para acompanhar, a sangria é só sumo.

Ok, os preços são baixos (especialmente comparando com outros italianos naquela rua). Mas isso não desculpa comida sem qualidade e serviço mau, num espaço que parou no tempo. Mesmo que o target seja maioritariamente grupos (de estudantes), é preciso ter algum cuidado. Até porque há muitas outras ofertas para jantares académicos, e muito, mas muito melhores. Mesmo.
E eu assim já aprendi que nem todos os “regressos ao passado” são bons.

Preço Médio: 12€ (com sangria)

Informações & Contactos:
Avenida Duque Ávila, 22 | 1000-141 Lisboa | 213 141 024

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