PHARMACIA

Boa decoração, mas os turnos estragam tudo…

 

O conceito de “tasca moderna” pareceu-me sempre uma saída fácil para quem não tem uma ideia melhor para o conceito de um novo restaurante, e então prefere ir buscar as coisas que tem na casa dos avós e juntar tudo num espaço, servindo comida “portuguesa com um twist”. Mas se calhar sou só eu.

O “Pharmacia” foi aberto pelas mesmas donas da Taberna Ideal e da consequente Petiscaria. Ok, as senhoras podiam simplesmente ter alugado um espaço com uma área muito maior e faziam tudo no mesmo sítio, mas isso não tinha tanta graça, não é? É muito mais interessante ter espaços pequenos, que como se tornam moda estão sempre esgotados, e ir criando novos espaços, utilizando sempre o mesmo conceito base mas variando ligeiramente.
Este Pharmacia adapta-se completamente ao local onde está colocado e por isso faz sentido. Para quem esteja mais ou menos à espera, não vai ser surpresa a decoração temática (adivinhem!!! de farmácias antigas…claro), assim como para quem conheça a Tasca e a Petiscaria, não vai ser surpresa nenhuma a comida.

Mas por mais que me irrite a espécie de franchising e a estratégia comercial das senhoras, a verdade é que não consigo dizer nada de mal em relação à comida. E é isso que interessa, não é?
Neste aspecto, é mais próximo da Petiscaria, ou seja, mais na onda das entradas, para ir petiscando enquanto bebemos um copo de vinho (lista fraquinha) ou uma cerveja. E a comida é boa, isso é verdade: as doses são bem servidas e bem confeccionadas. Nem sequer vou sugerir nada, porque aqui a ideia é a mesma de um restaurante de petiscos normal, isto é, cada um escolher uma ou várias coisas e deixar-se ir (deixo assim no ar qualquer uma das tibornas…). Posso só dizer que todos os 8 pratos que provámos estavam bastante bons. Boas sobremesas também.

Mas depois aquilo que mais me irrita num restaurante: a história dos turnos. Ou seja, se vamos jantar às 20h, às 22h começam a convidar-nos a sair. O que faz com que a experiência seja automaticamente negativa, por melhor que seja a comida. Compreendo a necessidade de rentabilizar o espaço, mas não compreendo a completa falta de respeito dos empregados pelos clientes. E isto marca o espaço, e não de forma positiva. Mas, mais uma vez, pode ter-me acontecido só a mim…

Vão lá, sim. Porque comem bem e não é excessivamente caro (uma média de 30 euros por pessoa). Mas escolham o último turno (22h), para não serem corridos da mesa, e não esperem uma simpatia extrema no serviço.
Lá está, é a diferença entre fidelizar clientes ou simplesmente fazer dinheiro…

Preço Médio: 30€ pessoa (com vinho)

Informações & Contactos:
Rua Marechal Saldanha, 1 | 1249-069 Lisboa | 21 346 2146

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