É muito leeeeeeeeeeeeeeentooooooooo…
Sim, é isso mesmo: é muito lento. O que, neste caso, até tem o seu quê de ironia, porque somos avisados logo assim que nos sentamos que se fizermos todos os pedidos através da App do restaurante onde também temos a ementa, será tudo muito mais rápido. Ora… durante a mais de hora e meia que dura o nosso almoço n’O Clube do Hambúrguer, não só tudo demora muuuuuuuuuuuuuuuito tempo a chegar à nossa mesa, como ainda vemos pelo menos mais duas mesas a reclamar pela lentidão, outra a mandar um dos pratos para trás, e ainda outra a pedir mesmo o livro de reclamações. Tudo isto derivado do serviço, que não só é lento como claramente não atina com os pedidos feitos pela App. Fantástico, não é?
O Clube do Hambúrguer fica no Parque das Nações e deixa-me nervoso assim que me aproximo da montra. A designação “Hamburgueria Gourmet Artesanal” traz-me más recordações, daqueles tempos em que a maioria das hamburguerias usava termos vagos como estes para justificar hambúrgueres todos iguais e a preços elevados. E, a maioria das vezes, sem grande qualidade. Ora, aqui temos pelo menos uma diferença: a qualidade é muito melhor do que esperava (já falamos sobre isso mais à frente). Mas, por outro lado, temos uma semelhança: não há nenhum deste hambúrgueres no menu que já não tenhamos visto em dezenas de hamburguerias em Lisboa… e sim, são caros. Demasiado caros para este tipo de sítio. Mas pronto, deve ser por serem “gourmet” e “artesanais”… se bem que gostava que me explicassem o que há de artesanal aqui.
E depois, os hambúrgueres. Pensei que este tipo de hambúrgueres já tinham desaparecido do mapa, aqueles em que a proporção carne-pão está completamente errada. Aqui parece que voltámos a 2016, mesmo a meio do boom das hamburguerias que serviam muito mais pão do que o resto dos ingredientes. A quantidade de pão aqui é absurda, como até dá para perceber pelas fotos:
A diferença em relação a essa leva de hamburguerias (que fecharam quase toda, by the way), é que aqui no Clube do Hambúrguer a carne é boa e o resto dos ingredientes também cumprem muito bem. Como fazemos o pedido via App, não nos é perguntado o ponto da carne, nem temos como o definir na App, e isso podia dar azo a problemas… só que não, porque chegam os dois médio-mal à mesa. De resto, é tirar o pão para o lado e comer.
Provamos o Hamburgão (hambúrguer de carne bovina, queijo e bacon, ovo estrelado, cebola caramelizada mas nem toda, servido em pão de brioche) e o American Bacon Cheese (hambúrguer com bacon e queijo, alface, tomate e cebola roxa), que são muito parecidos, aliás, demasiado parecidos. Parecidos até na questão do exagero de pão. De resto nada a apontar. Vemos (lentamente) outros pratos a passarem para as mesas, com hambúrgueres ainda maiores e com mais pão, e reconhecemos esta tendência de há muitos anos atrás. Antes disso ainda comemos os Jalapeño Poppers e o Pão de Alho, que não aquecem nem arrefecem. E que – mais uma vez – chegaram à mesa depois de muito tempo à espera, e de reconfirmarmos o pedido feito na App com o staff.
No final, ainda através da App, pagamos 45€ para duas pessoas, com os dois hambúrgueres (que estão longe de ser os mais caros da carta), duas cervejas e as duas entradas. Honestamente, já seria caro só por si, mas quando consideramos a lentidão do serviço e as constantes atrapalhações na nossa mesa e nas outras à volta, sentimos ainda mais o peso do preço. Mas lá está, pensei mesmo que este tipo de hamburguerias já tinham praticamente deixado de existir… só que não. E tendo em conta a localização mesmo no centro de um pólo empresarial, acaba por ter as mesas todas cheias ao almoço. Porque mesmo que algumas das pessoas tenham problemas e nunca mais voltem, há sempre gente nova que acaba por aqui vir parar.
Preço Médio: 20€ pessoa (com cerveja e uma entrada)
Informações & Contactos:
Rua Pólo Norte, 18 F | 1990-266 Lisboa | 911 872 318