Melhor do que as chamuças é o resto!
Quando te envolves a sério nestes assuntos da gastronomia e dos restaurantes, acabas inevitavelmente por conhecer outras pessoas com a mesma “panca” que tu. Pessoas com quem podes falar sobre comida, partilhar experiências e, a grande maioria das vezes, ter discussões sobre onde é que se come o melhor disto e daquilo. O melhor bife, a melhor cabidela, o melhor peixe grelhado… ou as melhores chamuças.
Que, para muita dessa malta, são as da Nau do Restelo. E por isso não podia deixar de ir confirmar.
Saltando já para aí… não achei. São boas, as ditas, mas não acho as melhores de Lisboa. De todo. Bem recheadas, massa não muito oleosa, mas falta-lhes aquele kick de picante, aquele sabor extra que as leva para uma outra dimensão. Para mim, chamuças são as do Restaurante Vitorioso (podem ver aqui o que escrevemos) e, claro, as do Caxemira (review aqui).
Mas seguindo em frente.
O Nau do Restelo é basicamente um restaurante de almoços… e jantares de take away. Fecha às 20h, ou seja, não esperem ir lá jantar. Nem esperem entrar lá e encontrar todo o tipo de elementos previsíveis num restaurante goês/indiano. Não há decoração kitsch, não há empregados indianos, parece um normal restaurante típico. Percebes que não é por causa da montra e expositor na entrada, onde estão à venda produtos e condimentos associados à cozinha indiana.
Não há grande simpatia quando chegamos, mas isso vai melhorando com o tempo que passamos no restaurante. Enfim…
Para começar, claro, as chamuças, das quais já falámos. Servem para entreter enquanto não chegam os pratos principais. Havia outras entradas, mas como ainda estávamos na fase antipática, nem nos foram sugeridas.
Felizmente as coisas mudam com os pratos principais, tanto na simpatia como no sabor da comida. O balchão de camarão é um prato excelente, com um sabor incrível e um picante forte mas ainda assim cheio de sabor. Aquele picante que arde mas que depois te deixa um sabor bom na boca. Excelente!
Muito bom também o prato vegetariano, o samarém. Basicamente uma espécie de caril verde com lentilhas e cebola, menos picante mas extremamente saboroso.
Muito bom também o prato vegetariano, o samarém. Basicamente uma espécie de caril verde com lentilhas e cebola, menos picante mas extremamente saboroso.
Da cozinha vamos ouvindo o barulho do microondas, que vai servindo para aquecer os nossos pedidos (e os das outras mesas). Ok, até sabemos que geralmente é assim, mas podiam disfarçar melhor.
Terminamos com uma bebinca, servida à temperatura ambiente (e não fria como nos indianos manhosos), muito boa, muito boa mesmo.
Terminamos com uma bebinca, servida à temperatura ambiente (e não fria como nos indianos manhosos), muito boa, muito boa mesmo.
No final, mais do que ficar na memória pelas chamuças, o Nau do Restelo fica na memória pela boa comida. Sabores muito fortes, como imagino serem os goeses genuínos. Preços dentro da média, serviço em crescendo. Ainda assim, o que me levou lá foi o menos interessante da refeição. São opiniões, eu sei.
O Nau do Restelo tem ainda um serviço de take away, já que fecha antes da hora de jantar. É uma boa ideia.
Informações & Contactos:
Rua de Pedrouços , 1 A | 1400-285 Lisboa | 213 020 675
O Nau do Restelo tem ainda um serviço de take away, já que fecha antes da hora de jantar. É uma boa ideia.
Preço Médio: 15€ pessoa (chamuça, prato e cerveja)
Informações & Contactos:
Rua de Pedrouços , 1 A | 1400-285 Lisboa | 213 020 675
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