No reino da cerveja, o que surpreende é a comida!
Ainda antes de entrar, já tinha uma ideia pré-definida em relação ao Museu da Cerveja: tourist trap. Um preconceito, claro, que aliás aplico à grande maioria dos restaurantes do eixo Terreiro do Paço – Restauradores. Restaurantes que existem para enganar turistas, com preços inflaccionados e, a maioria das vezes, qualidade abaixo da média. Volto a dizer, um preconceito, mas ainda assim fundamentado em várias experiências negativas ao longo dos anos. Por isso, o Museu da Cerveja, em plena Praça do Comércio, estava dentro desse saco. Felizmente, estava (mais ou menos) enganado.
Um dos restaurantes que mais chama a atenção na Praça do Comércio, o Museu da Cerveja é, como o nome indica, uma cervejaria. O espaço mistura referências de cervejarias e de restaurantes dedicados à cerveja, até porque se prolonga para o primeiro piso, onde é a parte museológica propriamente dita. Nada de especial, diga-se, mas complementa a experiência de quem vá ao restaurante. Só isso.
Numa primeira abordagem, o serviço parece demasiado informal e descontraído. Isso não muda durante todo o jantar, sendo que vai oscilando entre o bastante bom e o desastrado às vezes. Talvez porque somos portugueses, percebemos essas falhas, que provavelmente os estrangeiros não reparam.
Ora, numa casa com larga oferta de cervejas artesanais e internacionais, seria de esperar que esse fosse o destaque, também por causa da questão da “tourist trap”… mas não é, porque a comida até é bastante interessante. Optamos por partilhar alguns petiscos e depois dividir os pratos principais, porque somos um grupo de 4 e assim dá para provar mais coisas. Começamos por uma simples e excelente salada de grão com bacalhau, envinagrada como se quer, e um camarão frito completamente desinteressante. Sendo que se seguiu outro ponto alto, o pica-pau, carne muito tenra e um molho delicioso. Acabou-se o pão, repetiu-se e acabou-se outra vez. Isto diz tudo.
Nos pratos principais, a ementa está muito focada nos bifes, como não podia deixar de ser – afinal, é uma espécie de cervejaria. Mas não vamos por aí e optamos por outras duas das especialidades da casa: o bacalhau grelhado com batatas a murro, que estava bastante bom com a excepção dos miseráveis legumes que também fazem parte do acompanhamento; e o cabrito estonado, acompanhado de batatas assadas no forno, arroz e novamente uns legumes desenchabidos… ainda assim, o bicho estava bem bom, bem assado e saboroso, numa dose bem servida.
Nas sobremesas (inflaccionadas claro, mas ainda assim proporcionalmente menos que os pratos) há muita coisa tradicional, mas no dia em que fomos havia pavlova… demasiado doce, mas tão demasiado doce que ficou metade no prato. É uma pena.
Não é um restaurante barato, nada barato. Nesse campo, encaixa-se perfeitamente na categoria “tourist trap”. Mas o que nos surpreendeu mais no Museu da Cerveja é que há qualidade na comida que é servida, e isso faz alguma diferença (é verdade que as nossas expectativas eram bastante baixas). É claro que andando menos de 5 minutos conseguimos encontrar tascas muito mais baratas e mais pitorescas. Mas o posicionamento aqui é claramente virado para os turistas, e pelo menos daqui levam uma boa memória gustativa de Lisboa. Isto enquanto não descobrirem as tascas, claro.
Preço Médio: 30€ pessoa (com cerveja)
Informações & Contactos:
Terreiro do Paço, Ala Nascente, nº 62 a 65 | 1150-246 Lisboa | 21 098 7656
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Estive ai proximo do Natal, penso que assim se chamava e nao tenho nada de bom a dizer. Estava realmente cheio – mais de turistas do que portugueses – e nos, como temos ar de turistas mas nao somos, so que vivemos no estrangeiro, querimos uma comida tipica e nao muito caro com um servico nao de caracol. Nada disso aconteceu. Os empregados andavam totalmente desorientados. Os pratos que iam para uma mesa era para outra, etc. etc. Para nos chegou o pao. Com o tipico pate e…e….(como o meu pai dizia chegou o vem e volta) esperamos uma meia hora e chegou a cerveja. Ha bastante que tinhamos escolhido o que comer mas o empregado que tinha vindo com o pao e mais tarde com a cerveja nao podia tomar nota do que queriamos comer. Quando o empregado chegou finalmente disse que o que queriamos estava esgotado. Finalmente escolhemos algo – que nem me lembro – que nao era o que queriamos mas como estavamos com “fome”… queriamos qualquer coisa. O pao e a manteiga ja tinhamos comido e a cerveja ja a tinhamos bebido. O meu marido disse: porque e que nao pagamos o pao com manteiga e a cerveja e vamos ver se encontramos um lugar capaz?! Mas eu, comodista, disse: Ja esperamos tanto tempo pode ser que a comida venha rapido. Resumindo e concluindo. Ficamos esperamos mais uma meia hora. Quando chegou a comida vinha fria. Ja tinhamos pediso mais pao e cerveja e agora ja quase nao tinhamos nada. Comemos mal… Se nao fosse o pao com manteiga e as cervejas ainda aqui estaria com fome. A meio da comida pedimos a conta. Esta nao chegou nunca. Depois de pedirmos a conta a todos os empregados que por ai andavam correndo e ja depois de ter usado mais de tres horas para comer um almoco miseravel de pao com manteiga e cerveja decidimos sair da mesa e fazer de conta que nos iamos embora sem pagar. Ai, vieram correndo!!!!!! e a conta apareceu. O mais divertido e que a conta vinha errada em quase 10 euros…..!? Tive que discutir, e o meu marido que nao e para estas coisas so me dizia: paga e depois vamos dar parte deles. Mas, dar parte deles, aonde? E como e que depois eu podia provar que a conta estava errada? Por fim la me fizeram o total correcto num papel qualquer e resmungando foram pagar-se e dizendo se nao tem dinheiro para vir a comer fora fiquem em casa. Um estrangeiro nao olha nem para q conta… Vem aqui estes reles!!!! (Bem insultuosos. )Depois puseram-se outros empregados a olhar e a comentar… por dez euros…. Imagine-se! E eu a ferver com vontade de perguntar como era possivel ser-se tao mal educado e ladrao mas calei-me. Alguns estrangeiros olhavam sem compreender nada e eu ai, ja que nao disse nada aos insultuosos, disse aos estrangeiros que pude, uns que falavam ingles e outros escandinavos, o que se passava. Era ve-los a revisarem as contas os que ja as tinham pedido. Os empregaados mais furiosos ficaram. Agora tinham tambem os estrangeiros a revisarem as contas…. Bem fomos embora e penso NUNCA MAIS LA VOLTAR!! Depois de sair dai tivemos que comer uma bifana no Rossio porque o estomago estav bem desconsolado!