GUSTUS SUSHI ALENTEJANO

Um conceito inovador não precisa de mais nada.


Nunca tinha ouvido falar do restaurante Gustus Sushi Alentejano até ter passado por lá a primeira vez, de carro, e ter ficado boquiaberto com o letreiro: sushi alentejano. Ora, eu gosto de sushi, muito. E gosto de comida alentejana, muito. Por isso, quando junto 2 palavras que me abrem o apetite, penso imediatamente que quero experimentar. Mas é certo que passados uns minutos volto a pensar nisto e chego a outra conclusão: isto parece ser um conceito completamente idiota! De quem já não sabe o que deve inventar, ou pior, de quem não sabe cozinhar bem uma coisa ou outra.
Por isso, durante uns poucos meses lidei com o conflito sobre experimentar ou não. Mas fui a primeira vez… e voltei!
Porque todas as dúvidas deixam de fazer sentido assim que levamos os primeiros pauzinhos à boca…

Começando pelo espaço, nada de especial. Um restaurante normalíssimo, sem nada que puxe mais para um lado ou para o outro (sushi vs alentejano). Minimalista na decoração (com a excepção de uns poucos quadros nas paredes), naquela onda do “sofisticado”.
Serviço também nada de extraordinário, o que seria razoável num restaurante normal, mas que aqui se torna abaixo da média quando perguntamos ao empregado para nos explicar aquele prato de fusão estranho e ele nos responde verbalmente com aquilo que lemos na descrição do prato na ementa. Enfim, se calhar o conceito é estranho para eles mesmos…

Ora bem, a comida… Sim, a fusão de sushi com comida alentejana.
No todo, é bastante interessante. Se há coisas mais normais, também há outras bastante surpreendentes. E aqui o melhor é arriscar mesmo no sushi de fusão, porque a ementa de pratos normais é banal, assim como a ementa de sushi normal.

Makis e rolls diversos com alheira, bacalhau, grelos, brôa ou porco preto… Sei que parece estranho, mas o segredo está em conciliar ingredientes que fazem sentido na comida alentejana e depois “revesti-los” do shushi. E a verdade é que acaba por ser saboroso, por mais estranho que pareça na descrição. Saboroso e nada “pesado”.
A melhor solução é mesmo optar por um dos vários combinados da ementa, onde podemos experimentar um pouco da variedade fusion que o restaurante oferece. Numa óptica de nos deixarmos ir, de não questionarmos nem pensarmos muito nisso, para não se estranhar. Porque quando passa pela boca, tudo isso não interessa nada. A única dúvida acaba por ser se devemos optar por saké ou vinho alentejano…

Muito boa experiência, mas apenas no registo de fusão.

Preço Médio: 35€ pessoa (com vinho)

Informações & Contactos:
Rua Ramalho Ortigão nº 9 e 10A | 1070-228 Lisboa | 213 869 751

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