Se estás em Viseu e escolhes comer num restaurante mexicano, mereces tudo o que vem a seguir…
Pois, é daquelas coisas… Tens “desejos” de mexicano quando estás no meio da Beira Alta, onde há muita coisa boa para comer. E o problema de teres esses “desejos” é que tens de os satisfazer, por isso lá fomos à procura do único restaurante mexicano naquela área toda. No fundo, já sabíamos que estávamos a cometer um erro, mas fomos na mesma.
Mesmo no centro de Viseu, numa rua pedonal, o Azucar era o único restaurante vazio (interior e esplanada) numa hora de almoço de dia de semana. Mais um sinal de que as coisas não iam correr bem, mas somos persistentes. Ou estúpidos…
Decoração típica de restaurante mexicano, com todos os clichés que é preciso. Ficamos na esplanada e pedimos o menu do dia, constituído por entrada, sopa, prato, bebida e café.
A entrada é um tipicamente mexicano pão de alho, mole. Passamos a sopa e pedimos antes uns nachos com queijo, porque gostamos de nachos. Muito. Ora… meus senhores, nachos são nachos! Basta comprar um pacote e servi-los num prato! É impossível falhar com nachos! Ou era, antes de conhecermos os nachos do Azucar, insuflados, moles, nada crocantes, com uma miséria de queijo mal derretido no fundo do prato. A sério, estava todo o universo a dizer-nos que tínhamos cometido um erro…
Nesta altura já só queríamos que os pratos principais fossem, pelo menos, comestíveis. A quesadilha de frango estava completamente insossa e era bastante poupadinha no frango, tornando o prato tão enjoativo que ficou a meio. O burrito era gigante, isso é verdade, mas a massa da tortilha estava completamente seca, sendo que o recheio era um pouco mais interessante por ser apurado e picante, mas só mesmo por causa disso. Em cima do burrito, uns esguichos de ketchup, saiba-se lá porquê, e em cima da salada molho pesto, tipicamente mexicano.
No final da refeição nem sequer houve a pergunta tradicional “Estava tudo bom?”, mesmo que os pratos tenham voltado com metade da comida (se calhar ainda bem que não perguntaram, porque não ia sair boa coisa).
Ah! Ia-me esquecendo das margueritas! Ou antes, do sumo de limão, em copos com um exagero de sal tão grande que literalmente deslizava da borda para o interior da bebida…
A culpa foi nossa, sabemos disso. Dezenas de restaurantes em Viseu, daqueles com comida tradicional, e apetece-nos mexicano, por isso merecemos sofrer as consequências da nossa estupidez. Acho que, lá no fundo, já sabíamos o que nos ia acontecer, por isso a idiotice ainda foi maior. Enfim, qual foi a lição que aprendemos? Não há México em Viseu. Definitivamente.
Preço Médio: 7€ (em regime menu de almoço) ou 13€ (à carta, com entrada + prato + Marguerita)
Informações & Contactos:
Rua da Paz, 3 | 3500-168 Viseu | 232 407 968
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Considero de uma enorme relevância os reparos construtivos que fez, Sara. Para difundir com qualidade locais de restauração importa também a forma como as palavras são empregues. Não chega saber comer, saber escrever também conta!
Sara, considero o seu comentário muito pertinente!
Subscrevo!
Muito bem! Vi que apagaram o meu pedagógico anterior comentário, corrigindo a aberração de palavra que é “ensonsa”.
Cara Sara, se apagámos foi por engano. Até porque, mesmo sendo um erro ortográfico, não o classificamos na categoria das “aberrações de palavras”. Mas obrigado pela correcção e pelo reforço feito agora.
Onde Vamos Jantar?
Fico perplexa com o facto de considerarem “ensonso” um mero erro ortográfico, quando claramente não passa de ignorância da fonética. Também não entendo como se apaga um comentário “por engano”.
Devo ainda acrescentar que há uma imprecisão no nome do vosso blog. Em vez de se chamar “Onde Vamos Jantar?”, dever-se-ia ler “Aonde Vamos Jantar”, uma vez que “aonde” exprime movimento/deslocação. “Onde”, por sua vez, indica permanência num local”.
Sara, mais uma vez obrigado pelas suas lições gramaticais. Ignorantes ou não, optamos por manter o nome do nosso projecto (que não é um blog). Sendo que tem sempre a opção de não nos seguir, para não correr o risco de deparar com outros erros gramaticais esporádicos, que cometemos como qualquer pessoa normal pode cometer.
“Ensonsa”…??!!