Um restaurante de sushi normal. Só isso.
É sempre difícil escrever sobre restaurantes de sushi daqueles… normais. E por normais não quero dizer que sejam maus, são apenas normais, com qualidade relativamente boa, alguma fusão nas peças apresentadas, em espaços com boa pinta. Acho que este tipo de restaurantes acaba por ganhar muitos fãs de proximidade, ou seja, é o meu restaurante de sushi de eleição porque vivo naquela zona e acaba por ser fácil ir lá jantar. Novamente, não há nada errado nisso.
Isto para dizer que não vimos nada de diferenciador no Amaterasu Pateo do Sushi, em Algés. É um espaço simpático, com uma esplanada grande (com vista para um parque de estacionamento) e uma sala interior grande e decorada de forma minimalista e com alguma classe. Iluminação baixa, mesas relativamente afastadas, mas acaba por ter a confusão normal deste tipo de espaços, porque acaba por encher com grupos.
Estamos no registo do sushi sem surpresas, com muitas opções de fusão. A carta é extensa mas não tem assim aquele tipo de destaques que tornem o Amaterasu numa referência do sushi na Grande Lisboa. Nem há fusão demasiado diferente, nem as opções mais clássicas são diferentes daquilo a que estamos habituados noutros restaurantes do género.
Para evitar demorar muito tempo a escolher – porque a carta é mesmo extensa – há sempre a solução de pedir um dos vários combinados da carta, que estão divididos entre peças tradicionais e peças de fusão. Há alguma variedade no peixe, o que é sempre bom, e as peças de fusão, não sendo surpreendentes, cumprem o que se pretende. Molhos, toppings, apresentação colorida, como se quer. Mais uma vez, e correndo o risco de ser repetitivo, não há nada de errado nisto.
Nigiris, gunkans, hot rolls, hossomakis, uramakis… tudo aquilo que estamos à espera, com muito salmão (como é habitual), e depois atum e aquele célebre “peixe branco”, que nunca nos sabem bem dizer qual é. As peças têm boa apresentação, são servidas demasiado frescas (como também é habitual neste tipo de restaurantes) e sempre um pratos com pinta ou a clássica tábua, como já vimos dezenas de vezes.
O ambiente é barulhento, divertido, com o serviço mais ou menos rápido. Os sushi men atrás do balcão funcionam quase em linha de montagem e vão fazendo sair estes combinados com a cadência esperada, terminando quase todos com um esguicho daqueles frascos com molhos.
Este é o registo de grande parte dos restaurantes de sushi em Lisboa e não só. Porque os há de 3 categorias: aqueles que são topo de gama e realmente diferenciadores (e caros), aqueles de buffet “all you can eat” (os mais baratos) e depois estes, que são normais, que cumprem, e acabam por se tornar habituais para quem mora naquela zona. No nosso caso, o jantar no Amaterasu Pateo do Sushi foi uma experiência normal, que não ficou na memória o suficiente para repetir. Mas também é verdade que temos opções semelhantes mais próximas de casa, onde acabamos por regressar mais assiduamente.
Preço Médio: 35€ pessoa (combinado, com vinho)
Informações & Contactos:
Praceta Prof. Alfredo de Sousa, 4 | 1495-241 Algés | 21 135 32 52